Vida e Voz de Karina Gamba na Pandemia

Analista comercial na RVB Malhas, a mãe solo conta como adequou sua rotina com a pandemia da Covid-19

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Seguindo com a série de entrevistas do Projeto Vidas e Vozes de Mulheres na Pandemia, cujo objetivo da professora Carmen Regina Ebele foi registrar vivências de mulheres guabirubenses e suas trajetórias e travessias neste denso cenário da Covid-19, conheça a história de Karina Gamba.

O projeto foi viabilizado por meio da lei de emergência cultural Aldir Blanc, com a organização da Prefeitura de Guabiruba.

Carmen Regina Ebele: Quem é você? Qual o seu nome, idade, estado civil? Tem filhos? Onde mora e qual sua profissão? Alguma outra informação que descreve você?

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Karina Gamba: Eu sou a Karina, tenho 25 anos e sou divorciada. Tenho um filho de quase quatro anos chamado Pedro. Trabalho como analista comercial na RVB Malhas e sou mãe solo.

CRE: Conte um pouco sobre sua rotina diária. Quais são os aspectos positivos, dificuldades e desafios de trabalhar numa empresa e manter as responsabilidades como mãe, todos os dias?

KG: Minha rotina hoje é: de manhã, fico em home office com o Pedro e à tarde vou para a empresa. Já não era fácil manter as responsabilidades e com a pandemia se tornou ainda mais desafiador.

CRE: Como é realizar as atividades escolares em casa com seu filho e agregar a educação escolar às outras atividades que você já tinha ou que tem diariamente? Qual a sensação de se dedicar a tantas atividades? Você acha que está trabalhando mais na quarentena?

KG: Tem sido gostoso, mas também desgastante. Com certeza estou trabalhando bem mais durante a pandemia. É ótimo poder ar mais tempo com o Pedro, realizar as atividades, mas também tem sido cansativo dar conta de tudo.

CRE: E seu filho tem participado das atividades da escola? Como você o vê neste período de quarentena? Ele está motivado, aborrecido, cansado, feliz? Qual a reação dele no momento das atividades? E sua família, como tem reagido a essa nova rotina?

KG: Ele tem participado, sim. Não de todas, ele não tem muita paciência com algumas atividades. Ele gosta de ficar comigo, mas já está com saudade da rotina que ele tinha na creche, e principalmente de brincar com os amigos. Outro ponto importante é o apoio dos meus pais nessa fase, que têm dado todo o e nos cuidados com o Pedro.

CRE: Quais medos e alegrias você tem vivenciados na quarentena? Do que sente falta? Qual o sentimento que você tem frente à pandemia? Conte-nos sobre a repercussão da contaminação pelo coronavírus na sua vida.

KG: Inicialmente, o medo era contrair o coronavírus e como iríamos reagir à doença, visto que é diferente em cada organismo. Quando fomos contaminados, inicialmente foi um grande susto, mas tínhamos uns aos outros para apoiar e ajudar, e isso fortaleceu a nossa família.

CRE: O que você descobriu sobre você nessa pandemia?

KG: Eu me descobri mais forte do que eu imaginava ser.

CRE: Em meio a tantas incertezas, mudanças, desafios que a pandemia nos impõe, você tem dicas, sugestões ou alternativas para as mulheres se manterem bem nesse novo estilo de vida?

KG: Acho que manter a calma é a sugestão que posso dar. Logo, tudo isso irá ar. Que saibamos tirar o melhor dessa fase.

CRE: Como você acha que será a vida da humanidade após a pandemia?

KG: Eu sinceramente acho que nem todos mudaram após essa fase, acho até que a maioria não mudou. Mas acredito que algumas pessoas deram mais valor aos toques e abraços, a presença de quem ama, e a levar a vida com mais amor.

CRE: O que a pandemia vai deixar nas nossas memórias?

KG: Na minha memória, vou lembrar como uma fase em que pude estar mais próxima do Pedro. Uma fase desafiadora, porém, muito gostosa.

CRE: Quando esse tempo difícil ar, quais são as coisas que você mais quer fazer?

KG: Ir ao parque com o Pedro e vê-lo se divertindo com os amigos. Poder reunir a família e matar a saudade da aglomeração.

CRE: Tem algo que gostaria de contar?

KG: Minha percepção sobre essa pandemia é que, apesar das coisas ruins que vieram junto, ainda é possível tirar algo bom e levar de aprendizado para a vida.

CRE: Compartilhe uma frase ou pensamento ou um verso de poema que tem significado especial para você!

KG: A frase da minha vida é bíblica. Coríntios 13:7-8, que fala sobre o amor, coisa tão necessária nesses tempos difíceis. “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo a. O amor nunca perece”.

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