Foto: Arquivo pessoal

 

O ano de 2021 foi de muitos desafios para a empresária Andriana Seemann. Além de postergar a inauguração de sua loja de decoração, que só aconteceu no final do ano ado, havia ainda os cuidados com o trabalho do esposo e com os filhos, que aram quase dois anos com aulas online.

“Há quase dois anos nós convivemos com esse medo diário e a necessidade de cuidado extremo com toda a família, mas tínhamos que trabalhar e ainda ajudar os filhos nas aulas online e também os acalmando com a situação. Quando começou a voltar tudo, fomos seguindo, mas ainda com muito cuidado, ainda não respirando com tranquilidade. Para esse ano, como acreditamos que vamos começar já mais organizados, tudo deve ser melhor”, conta.

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Segundo a médica psiquiatra Priscila Rosaly Paegle Beltrão de Souza, membro da Associação Brusquense de Medicina – ABM, o medo da retomada é normal, pois há pessoas que estão se socializando e vivendo a vida, mas existem também aquelas que sofrem fobia social ou se isolaram em razões da pandemia.

“(…) na verdade esse é um tempo também de procurar ajuda para aqueles que não estão conseguindo levar a vida com uma relativa normalidade ou que não conseguiram adaptar a sua situação sócio econômica, a situação familiar a troca de emprego ou aos ajustes acadêmicos é necessário muitas vezes um acompanhamento, uma ajuda profissional”, lembra a médica.

Ainda segundo a psiquiatra, o mais importante para fazer no início do ano é algo consigo mesmo, como realinhar os valores, as importâncias e as metas para o ano de 2022, caso alguém ainda não as tenha feito.

“Primeiramente, vejo que devemos ‘aquietar’ o coração e as ansiedades, como fazer um planejamento de atividades físicas que podem ajudar muito na ansiedade. Além disso, separar tempos para meditação, para leituras que desenvolvam a calma, a tranquilidade e talvez, começar de um jeito diferente o ano. (…) talvez com algo que nunca foi levado em prática ou lembrado, como a família frequentar regularmente uma igreja ou fazer atividades que tenham contato com a natureza juntos ou viagens”, sugere a doutora Priscila.

 ATENÇÃO COM AS CRIANÇAS

De acordo com a psiquiatra, os adultos devem ser uma atenção especial com as crianças e adolescentes que voltam desde período conturbado da vida delas.

“A dica seria ter um controle melhor dos tecnológicos e promover mais atividades ao ar livre que levem a uma vida mais simples, com brincadeiras que envolvam a sociabilização e, principalmente, outras práticas como desenvolver a leitura, contato com a natureza e eios que envolvam aprendizado, como visitar museus e zoológicos”, explica.

“Tenho observado muitas intercorrências, como casos de depressão, de automutilação, com cortes, casos de fobias, de isolamentos e depressão. Então, fica a dica: fique atento a família e ajude, você adulto, os seus filhos, os seus primos, os seus sobrinhos e netos, levando para um tratamento, caso esse seja o caso se necessário”, alerta a médica.

Já neste período de retomada das aulas, onde as crianças iniciarão normalmente desde o começo do ano, é importante pais e crianças, entenderem que nos primeiros dias de aula, “podem ocorrer  muitas situações em que, aquela criança ela vai ter resistência, vai ter dificuldade, pode estar sonolenta, estar com o sono todo atrapalhado e, as vezes, é a própria família que está com a rotina toda bagunçada”. A médica completa, dizendo que, “é importante ir fazendo mudanças próximo a retomada das aulas, no final de janeiro, ajudando aquela criança, encorajando, (…) dizer que vai conseguir , que vai ser legal, que ela vai curtir essa retomada”00.

A psiquiatra destaca ainda que, “tanto para pais, quanto para os filhos e para a família, o ano novo deve ser mais reflexivo do que nos outros, menos material e mais emocional e até espiritual, com um sentimento de gratidão, por estar vivo, pelas pessoas que foram preservadas, também um sentimento de se solidarizar  e ter compaixão com aqueles que a família ficou muito menor este ano, que tiveram pessoas que ficaram com sequelas, que tiveram ajustes familiares, que acabaram tendo que mudar em função de situações financeiras, do desemprego e de doenças. Também é importante realinhar os valores. O que é realmente importante? Os valores da nossa espiritualidade, da família e também de trabalho, de ter paz e saúde”.

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