Cerca de 20 professores da rede pública municipal de ensino de Guabiruba estiveram presentes na sessão da Câmara desta terça-feira, 11, para manifestar o desejo da categoria, de que a complementação salarial seja incorporada no vencimento e no piso salarial dos professores da rede. Na prática, a medida colabora para que, ao longo dos anos, o salário base aumente e ao se aposentar, os educadores tenham um piso salarial maior.
A manifestação foi silenciosa e por meio de faixas e cartazes que diziam, “Complementação não é salário”, “trabalho há 22 anos e o meu salário está achatado”. Gabriela S. Willrich e Rosane Marinho são professoras na escola Carlos Maffezzolli, elas explicaram um pouco sobre os problemas que enfrentam.
“Cerca de R$ 400,00 do salário base vem como complementação pelo plano de carreira, isso faz com que professores que entraram recentemente recebam semelhante aos educadores que estão há mais de 20 anos trabalhando. Nós queremos a incorporação da complementação no salário base”, explica Gabriela S. Willrich. Estiveram presentes também professores das escolas Professora Anna Othília Schlindwein, Padre Germano Brandt e Arthur Wippel.
Os vereadores usaram seu espaço no tribuna para prestar apoio aos educadores, apesar da demanda ser novidade aos parlamentares. Quem abriu a discussão foi Jaime Luiz Nuss (MDB) “A situação que mais me preocupa neste caso de vocês [professores] é a motivação. Um professor desmotivado em função da perda salarial não é bom para o nosso município. Guabiruba sempre prezou demais pelos professores, todos os prefeitos que aqui aram batalharam e tentaram realmente manter o que é de direito, isso inclusive é lei, o prefeito não tem o que questionar à esta situação. Vai chegar o momento que o professor que está iniciando hoje vai ganhar praticamente o mesmo que o professor que está há 20 anos trabalhando, isso é inissível”, explanou o líder da oposição.
A presidenta da casa, Rosita Kohler (PP), também comentou as manifestações dos professores, se posicionando em apoio à categoria. “Com certeza os nobres professores aqui presentes fazem reivindicações que são necessárias à categoria e que, provavelmente durante este mês, onde são feitos as complementações e o vencimento do contrato, avaliaremos as sugestões, para a Câmara ainda não veio nenhum projeto. Com certeza, o que depender de nós vereadores a gente estará do lado dos professores”, enfatizou.
Dia Internacional da mulher
Rosita Kohler também reou uma mensagem alusiva ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último domingo, 8. “Eu não poderia deixar de ar uma mensagem para as mulheres. Tenho certeza que todas as mulheres receberam muitas mensagens ao longo do dia 8. Que todas nós sejamos especiais todos os dias nas pequenas coisas, parabéns às mulheres pelo seu dia”, finalizou a presidente.
Felipe Eilert dos Santos (PT) complementou a fala de Rosita trazendo dados sobre a violência contra a mulher em Guabiruba, no Brasil e no mundo. “Dia 8 de março, um dia que se faz uma reflexão sobre os direitos das mulheres, desigualdades salariais, mas o que me motivou a tratar esta pauta de hoje foi uma reportagem que saiu em janeiro no Guabiruba Zeitung que traz a manchete ‘Violência contra mulheres, crianças e idosos crescem em Guabiruba’”. o parlamentar fez um apanhado de dados gerais, que traz número de violência dividida entre as raças das mulheres, sendo as negras as que mais sofrem.
Por fim, Eilert sugeriu uma indicação para que a Secretaria de Assistência Social promova uma semana de debates e campanha sobre a violência contra a mulher, para que o tema seja amplamente discutido no município e haja maior conscientização. “Outra proposta é que a gente crie uma comissão para fazer uma visita ao delegado regional para verificar esta situação, conversar com ele, averiguando o que pode ser mudado na abordagem e acolhida destas mulheres da Delegacia de Polícia Civil, que é o mais importante, pois se não houver a denúncia não vai haver a punição. Eu acho que alguma coisa tem que ser feita”, finalizou.
Ordem do dia
Foi baixado para as comissões de Legislação, Justiça e Redação Final e Finanças e Orçamento o Projeto de Lei Complementar Nº 02/2020, do Executivo, que altera a lei complementar Nº 1.458 de 09 de maio de 2014, criando o cargo de provimento efetivo de “tradutor e intérprete de libras” e dá outras providências.
Também foi baixado para as comissões de Legislação, Justiça e Redação Final e Finanças e Orçamento referente ao Projeto de Lei Complementar Nº 03/2020, do Executivo, que altera a lei complementar N° 1.453, de 26 de março de 2014.
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