O ime do processo licitatório para a concessão do sistema de água e esgoto de Guabiruba foi mais uma vez tema central na reunião parlamentar desta terça-feira, 11. O líder do governo na Câmara, Cristiano Kormann (PP) abriu o tema contando como foi sua participação na sessão do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC), que ocorreu na última segunda-feira, 10, no qual ele acompanhou o prefeito Matias Kohler que pôde explicar a situação caótica em que se encontra o sistema de água e esgoto em Guabiruba.
“O que chama atenção, é que o último investimento feito na estrutura de abastecimento de água em Guabiruba foi em 1996, Guabiruba tinha 9 mil habitantes na época. Hoje somos quase 25 mil habitantes. Então a gente pode ter uma noção do porque os problemas de abastecimento de água em Guabiruba são tão grandes”, explicou o parlamentar.
Cristiano Kormann explanou ainda sobre como a realidade do município poderia ser diferente se não fosse o imbróglio judicial. “Também podemos ter uma ideia de como essa história seria diferente se esta questão não estivesse parada no Tribunal de Contas, pois o plano de trabalho da empresa vencedora da concessão, conforme o projeto que nós aprovamos aqui na Câmara, no primeiro ano de contrato é necessário o investimento de R$ 7 milhões por parte da empresa, somente no abastecimento de água”, enfatizou.
Harri Westarb Neto (DEM) fez um contraponto ao líder de governo questionando algumas posições do Executivo, em relação ao sistema de água em Guabiruba. “No ano de 2018 o Executivo fez um investimento de cerca de R$ 210 mil para compras de bombas de água e na época eu questionei se seríamos ressarcidos deste valor, provavelmente não. Então outro questionamento é por que não investimos mais? Já investimos R$ 210 mil em bombas por que não investimos mais?”, questionou o parlamentar.
As discussões sobre como o investimento da Atlantis, que no projeto totalizam R$ 9 milhões, seriam distribuídos ao longo dos primeiros anos esquentaram entre oposição e situação. O vereador Paulo Ricardo Gums (PP) destacou a importância dos parlamentares serem otimistas quanto ao cumprimento do contrato pela Atlantis. “Eu penso que para a empresa é bom cumprir o contrato. Estamos discutindo aqui um projeto que já aprovamos anos atrás e pensando no que pode ou não acontecer daqui a dois anos”, ponderou.
João Boos invisível para o Estado
Os problemas na estrutura do Colégio Professor João Boos também receberam destaque na sessão. Felipe Eilert dos Santos (PT), comentou sobre a visita que o secretário de educação de Santa Catarina, Natalino Uggioni, fará a Brusque para a entrega de um Fiat Touro na manhã desta quarta-feira, 12, no colégio Feliciano Pires.
“Seria interessante a mesa diretora fazer algum contato com a secretaria de educação estadual ou com o gabinete do governador, para que eles esticassem um pouco a visita a Guabiruba, para ver o nosso João Boos. Eu acho que é muito importante a visita física no local para sentir o que todos nós sentimos quando entramos no João Boos”, salientou o petista.
A intenção do vereador seria pressionar um pouco mais o governo para que se volte a atenção às necessidades do município. “Seria esse o termo, pressionar o secretário de educação para que ele veja a urgência e necessidade dessa obra. Para mim foi uma vergonha também, o Governo do Estado comprar carro de luxo, pois o Fiat Touro é um carro de luxo, que custa R$ 150 mil. Na verdade são 83 Fiats Touros para 36 coordenadorias”, indignou o vereador.
Haliton Teodoro Kormann (MDB) complementou a fala de Eilert se indignando com o descaso que o Estado vem tendo com as necessidades do educandário guabirubense. “O cara me comprar 62 Fiats Touros, um carro de cerca de R$ 150 mil, que comprasse um UNO então, que é mais barato. Falta uma apenas para a reforma do João Boos, que está estimada em R$ 3,5 milhões e compram esses carros que am de R$ 5 milhões. Realmente é uma falta de consideração com os estudantes do nosso município e com certeza com Guabiruba”, enfatizou o parlamentar.