O contato com a natureza é um dos principais atrativos de Guabiruba. E foi com essa percepção, que as empreendedoras e pedagogas Graziela Boaszczyk Dalcastagner, Ketini Caroline Tarter e Luana Schwamberger criaram, em outubro de 2020, o projeto “Libertar: o encontro da criança com a Natureza”. 

O empreendimento, inédito na região, vem se destacando e trazendo para a localidade Aymoré crianças de diversas cidades do estado. As atividades são voltadas para crianças entre três e 11 anos, com propostas e grupos diferenciados para cada faixa etária, como por exemplo os acampamentos. 

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“Estávamos em plena pandemia e com o desejo imenso de oportunizar às crianças momentos de brincar livre, protagonismo, interação, e, principalmente, o contato com a natureza. Foi então que surgiu a ideia do projeto, com o intuito de proporcionar momentos significativos e de realmente efetivar este contato da criança com a natureza”, explica Graziela. 

De acordo com ela, tudo foi pensado com muito cuidado para as crianças, desde a escolha do local, as propostas pedagógicas, a organização dos espaços, as brincadeiras e o experimento de vivências significativas, visando garantir ao pequenos, seus direitos de aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se, exigidos pela Base Nacional Comum Curricular. 

Inicialmente, as crianças ficavam uma tarde ou uma manhã no projeto, participando de atividades que desenvolvessem a criatividade e a imaginação. Sempre  interagindo em pequenos grupos. Porém, depois surgiu a ideia de realizar um acampamento do Projeto Libertar. 

“A primeira edição do acampamento foi realizada em outubro de 2021 e foi um sucesso! Teríamos outro agora em 29 de janeiro, mas foi reagendado em função do aumento dos números da pandemia na cidade”, ressalta a empreendedora. 

A sexta edição do Projeto será realizada em 12 de fevereiro, das 7h30 às 11h30. Já o próximo acampamento será em 4 de junho, a partir das 17h e segue até às 9h do dia seguinte. Para conferir os detalhes, e o perfil @projetolibertarsc no Instagram.  

Modelo de negócio aprovado 

Além de impressionar as crianças, o Projeto Libertar encantou as famílias, pois os pais perceberam o quanto o contato com a natureza é importante para o desenvolvimento infantil. 

A fisioterapeuta Eliane Lana Dutra é mãe do pequeno Benjamim (5), que participou do acampamento do projeto em Guabiruba. A família mora em apartamento e valoriza o contato com a natureza. “Benjamim participou do projeto em dois momentos e amou.

Chegou relatando sobre as vivências, as aventuras e descobertas. O acampamento foi um momento memorável e único com toda certeza, para toda família. Combinamos com a família do amigo dele para que ficassem na mesma barraca. A partir dali, puderam experienciar liberdade, conquistas e mais autonomia”, relata.

Conforme Eliane, a participação do filho sem a presença dos pais no início preocupou. “Deu um friozinho na barriga. Nossa família é autista e uma das maiores dificuldades  apresentadas pelo Benjamim é alteração na rotina e interação social. Conversamos com nosso filho como seria a programação e ele rapidamente disse que gostaria de participar, porque ele se sentia “pronto”. Isso nos fortaleceu para oportunizar esse momento de aprendizagem para toda família”, destaca.

Para a empresária Renata Eccher Tacca, de Brusque, a experiência do acampamento foi em dose dupla. “Foram meus dois filhos, Benício com 5 anos e Luca com 2, em outubro do ano ado. A experiência foi fantástica para ambos, que amam estar na natureza e explorar. Já havíamos acampado e acreditamos que seria uma experiência engrandecedora para eles irem sozinhos, sem os pais. Tínhamos um maior receio com o Luca (mais novo), que talvez quisesse ficar. Chegou tímido, mas logo se animou com o irmão e os amigos e correu para brincar. As professoras nos falaram, no dia seguinte, que ele tirou de letra. Nossos filhos foram os primeiros a pegar no sono e os últimos a acordar – em casa nunca é assim (risos)”, conta. 

Para a empresária, as atividades do projeto são indicadas para todas as crianças. “Se para nossos filhos que já estão acostumados com esse contato com a natureza e com o novo já foi sensacional, imagino o quanto engrandecedor é para as crianças que não estão acostumadas ou não tem tantas oportunidades de viver isso! Recomendo muito e acho que todas deveriam ter essa oportunidade”, ressalta.

A pedagoga Graziela diz que é comum os pais ficarem apreensivos, quando conhecem a proposta. “Às vezes, os pais ficam inseguros mesmo. Para tranquilizá-los mandamos fotos do acampamento a cada hora. Quando dormem também avisamos, para que fiquem tranquilos. Já quando é edição só de tarde ou de manhã, mandamos as imagens no final”, explica. 

 

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