Três empresas associadas ao SINDIVEST – Sindicato Patronal do Vestuário de Brusque e região e do SIFITEC – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Botuverá e Guabiruba, a Mensageiro dos Sonhos, a RosaMaria e a Latina, apresentaram os resultados da implementação de projetos realizados no Programa Integrado de Reinvenção da Indústria (Priori Moda), em Florianópolis, no final de setembro. O programa é uma iniciativa da Academia FIESC de Negócios e do UniSENAI.

A atividade foi o encerramento de uma ação iniciada em abril de 2022, com um curso de pós-graduação de 12 meses e cujo trabalho de conclusão foi a concepção em equipes de projetos de reinvenção, por meio de roaps – uma espécie de mapa. No semestre seguinte, com novas rodadas de mentoria, cada projeto foi implementado na respectiva empresa. No total, participaram 68 estudantes, de 15 indústrias e organizações ligadas ao setor da moda em Santa Catarina.

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Segundo a coordenadora do Priori Moda, Martina Kostolowicz, o programa é uma “jornada de estratégia”, na qual as equipes de alta liderança das indústrias desenvolvem o roap de reinvenção de seus negócios. “Em cada turma, há também um grande estímulo para a formulação de alianças entre as empresas participantes”, explica.

Para a presidente SINDIVEST, Onésia Adriana Liotto, que também participou do programa, o Priori Moda contribui de maneira significativa para que a indústria têxtil catarinense acompanhe o cenário contemporâneo e tenha segurança para inovar e se reinventar. “Os conteúdos são atualizados para o desenvolvimento de insights, mentoria e apoio à implementação de projetos. Todos os participantes, assim como nós de Brusque, aprendemos muito e conseguimos trazer esse conhecimento para dentro das organizações”, elogia.

Conheça os projetos brusquenses

A Mensageiro dos Sonhos, especializada em moda íntima linha noite (pijamas, camisolas) e homewear (roupas confortáveis para estar em casa) apresentou dois projetos. O primeiro é uma linha Pet, com pijamas para a família e para os bichinhos de estimação. “Para a família inteira”, destaca a diretora comercial, Patrícia Conti.

O segundo projeto é a implantação de uma loja conceito da marca, em Florianópolis, que será a 14ª da rede própria de varejo e servirá como um laboratório de inovações. A iniciativa está ligada à mudança de foco que a empresa vem adotando nos últimos cinco anos. A empresa ou a reduzir a política que adotou nas duas primeiras décadas de existência, de ênfase em Private Label (PL), ou seja, vendas a grandes magazines, com a marca destes, e ou a dar ênfase à venda com a marca própria, por meio de suas atuais 13 lojas e 42 representantes, que colocam as mercadorias em mais 1,2 mil estabelecimentos comerciais do país. “amos a dar um novo olhar à nossa marca”, acentua Patrícia. “O Priori Moda nos permitiu consolidar essa mudança cultural”, conclui.

Também de Brusque, a RosaMaria, empresa especializada em moda fitness fundada há 23 anos, apresentou a iniciativa de desenvolvimento digital em 3D. “A roupa nasce no digital e só depois de aprovada pelos compradores varejistas ou clientes finais é que vai para a produção efetiva”, explica o consultor na área têxtil e vestuário, Alex Dimitriadis, que participou do programa Priori junto com o grupo da RosaMaria.

No modelo convencional, uma peça poderia ser refeita até cinco vezes ou mais até chegar ao produto final, sem contar quando o próprio varejo pede mudanças. Por ora, os compradores varejistas já participam da elaboração do produto, alguns até fazem suas convenções de venda apenas em ambientes digitais. A RosaMaria está se preparando para que os consumidores façam intervenções para customizar as peças a seu gosto.

Ainda sem ter os valores finais internos consolidados, a diretora de produto e produção, Rosa Maria Liotto, que empresta o nome à marca, tem uma estimativa de que um produto concebido digitalmente tem um custo correspondente a um terço do convencional. “Precisamos ser mais assertivos, ágeis e baratos”, destaca a executiva. “Estamos incorporando uma tecnologia existente e aditando uma nova forma de fazer”, complementa Alex.

Já a brusquense Latina, apresentou duas iniciativas de atuação em mercados distintos do que atua, tanto nacional quanto internacional. De acordo com o gestor de TI da empresa, Cleiton de Limas, os projetos têm objetivo de alcançar maior capilaridade de clientes, capturar melhores margens e também de explorar o mercado internacional através de um CD (Centro de Distribuição), criando um hedge natural.

Para ele, o curso foi bastante rico no que diz respeito à formulação da estratégia da empresa como jornada contínua. “Foram meses intensos de estudo, que exigiu disciplina da equipe na participação das aulas, encontros presenciais e entregas que foram solicitadas no decorrer das aulas. Pudemos criar networking com empresas do mesmo segmento, em um clima de cooperação e não competição, em prol do mercado têxtil de Santa Catarina e da indústria do estado”, completa.

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