Moradores da rua rua Kurt Waldheim, Lagedo Baixo, não têm previsão para retornar às suas residências (Foto: Suelen Cerbaro/Guabiruba Zeitung)

No abrigo improvisado no salão São Vendelino, Lagedo Baixo, está a família de Elisete Pereira, 35 anos, moradora da rua Kurt Waldheim, Lageado Baixo. A casa foi interditada pela Defesa Civil, pois além de estar com uma rachadura que compromete as instalações, há um morro próximo com risco de deslizamento. “Estou aqui com meu marido, filho, sobrinha e cunhado. Eu trabalho em um restaurante, hoje fui trabalhar e depois voltei. Eles ficaram ajudando aqui”, conta Elisete.

As doações de roupas e utensílios que chegam ficam em uma mesa para que as pessoas vejam o que estão precisando e peguem. “A comida chega em marmita, pois não pode ser feito aqui. Ganhamos as refeições e muita doação. Estamos ajudando o pessoal nos afazeres”, comenta Luciano Siqueira, 40 anos, que trabalha com pavimentação de ruas e também mora na Kurt Waldheim.

Ele conta que estava no local com familiares tentando limpar a lama da casa, porém foram orientados a sair. “A Defesa Civil colocou o drone no morro, helicóptero também estava no local. Foi falado que tem uma fenda no morro mais de cinco metros de largura. Se quiséssemos ficar teríamos que um termo nos responsabilizando, então viemos para o abrigo e estamos aguardando”, disse.

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Conforme o agente de Defesa Civil de Guabiruba, Cláudio Correa Junior, um geólogo do estado sobrevoou o local e recomendou que a área fosse isolada até que se conclua o estudo detalhado. “O geólogo fará uma análise no solo e enquanto não tivermos esse resultado é mais seguro que as famílias permaneçam no abrigo”, informou.

O prefeito Valmir Zirke afirma que todas as repartições da prefeitura estão empenhadas em auxiliar essas famílias. “Tivemos a visita do coordenador da Defesa Civil do Estado e pedimos para que nos auxilie em todo esse processo. Temos uma preocupação muito grande, pois há pessoas que não poderão voltar para suas residências”, afirma.

Segundo o prefeito, o prazo é de dez dias após o decreto de situação de emergência para enviar o levantamento completo para o Governo do Estado, o que possivelmente viabilizará recursos para a reconstrução. “Tivemos muita doação. Pessoas, empresas, igrejas, entidades. Queremos agradecer a essa solidariedade da população. Roupas, por exemplo, não é mais necessário, somente de crianças. Isso é importante para darmos dignidade a essas pessoas”, enfatizou. “Com certeza vamos reconstruir aquilo que se perdeu no domingo à noite”, frisou.

Zirke decretou estado de situação de emergência no município no dia 25 de janeiro.

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