Na tarde desta terça-feira (22) a mãe de um aluno da Escola Anna Othilia Schlindwein, localizada no bairro Guabiruba Sul, entrou em contato com o Guabiruba Zeitung para informar sobre casos de crianças positivadas para Covid-19 ou com sintomas, que estariam frequentando as aulas.
“Tem duas salas, quarto e quinto ano, com mais de dois alunos que positivaram para Covid e as crianças tinham sintomas na semana ada. Ontem (segunda-feira) alguns alunos começaram com sintomas também e nada foi feito. As crianças estão vindo para escola. Um absurdo. Daqui a pouco está a escola toda, pois na hora do recreio as crianças ficam sem máscara para alimentação”, relatou.
Segundo a mãe, ela já havia entrado em contato com a Vigilância Epidemiológica. “Eles disseram que não podem fazer nada”, revelou.
A mãe também questionou a falta de álcool em gel nos corredores da escola para a prevenção da doença e o motivo das aulas não serem suspensas para a turma. “As crianças comentam na sala que os pais estão em casa com sintomas e muitos mandam os filhos para escola e logo em seguida vão buscar, pois testam positivo”, completa.
Em contato com a Vigilância Sanitária, o jornal foi informado que o órgão já estava ciente da situação, que seria resolvida. A Vigilância apura o número total de positivados na escola.
Aulas suspensas
De acordo com o secretário de Educação, Alfred Nagel Neto, as escolas seguem as normativas estabelecidas pelo Governo do Estado e as aulas somente são suspensas quando há três ou mais casos na sala.
“Nós seguimos a Portaria 79 do Estado, que estabelece que havendo três ou mais alunos com sintomas e positivados, as aulas devem ser suspensas. Então, com a confirmação do terceiro caso, as aulas da turma do quarto ano serão suspensas por 10 dias”, informou.
Sobre a questão do álcool em gel, o secretário informou que está disponível na escola.
Veja o que diz a portaria na Íntegra
Surtos de COVID-19 em ambiente escolar:
Considera-se surto de COVID-19 a ocorrência de pelo menos 3 (três) ou mais casos confirmados de COVID-19 na mesma sala de aula ou ambiente compartilhado, com vínculo epidemiológico, dentro de um período de 10 dias do início dos sintomas do primeiro caso.
Em caso de surto envolvendo alunos de uma mesma sala de aula, a respectiva turma (alunos e professores) deverá ter as aulas presenciais suspensas por 10 dias a contar do último contato com o caso confirmado. Todos devem ser mantidos em isolamento domiciliar, sob monitoramento de sinais e sintomas.